quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Prolibras


O Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, através da Comissão Permanente do Vestibular - COPERVE, declara que estarão abertas até o dia 05 de dezembro de 2012, as inscrições para a sexta edição do Exame Nacional para Certificação de Proficiência no uso e no ensino da Libras e para Certificação de Proficiência na tradução e interpretação da Libras/Português/Libras, conforme Decreto 5626/05 que regulamenta a Lei nº 10436 de 24 de abril de 2002 

As provas serão aplicadas, preferencialmente em instituições de ensino, nos seguintes municípios: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Dourados/MS, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Itabuna/BA, João Pessoa/PB, Macapá/AP, Maceió/AL, Manaus/AM, Maringá/PR, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Porto Velho/RO, Recife/PE, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Santa Maria/RS, Santarém/PA, São Carlos/SP, São Cristovão/SE, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI, Uberlândia/MG, Vitória/ES e Volta Redonda/RJ

Maiores informações AQUI

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Teatro


Em Jundiaí um grupo de surdos leva para os palcos a Língua Brasileira de Sinais.

Veja AQUI

Alteridade


O significado da palavra alteridade possui o sentido de colocar-se no lugar do outro numa relação interpessoal junto com a consideração, valorização e dialogando com o outro.

A prática da alteridade leva ao ato da cidadania estabelecendo uma relação pacífica e construtiva com a diferença, conforme se identifique e aprenda a aprender com o contrário.

O choque sempre ocorre, a partir do momento em que duas ou mais culturas encontram-se, mas isso é necessário para que haja a troca de informações entre eles, numa relação interpessoal.


Quando falamos da cultura surda vemos a necessidade de despertar a sociedade para o descaso de grande parte das instituições públicas para com os Surdos. Não se pode pensar a alteridade de uma pessoa a partir de sua deficiência, isto seria aniquilar a própria essência do homem. Estamos falando de um ser humano, e não cabe ao outro julgá-lo por uma diferença sensitiva. 


O surdo, muitas vezes, é visto como inferior em relação àqueles que se dizem “normais”, ou seja, a alteridade é vista pelo prisma da falta ou da piedade, e não de um ponto de vista ético, do ponto de vista do humano.

O sinônimo da palavra “alteridade” é relação, interpessoal.

O antônimo da palavra "alteridade" é preconceito.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Libras

Inicialmente os ouvintes tendem a acreditar que a Língua de Sinais é uma adaptação da Língua Portuguesa, porém estudos comprovam que a Libras teve forte influência da Língua Francesa de Sinais.

No século XIX, com o advento da Família Real Portuguesa no Brasil fundou-se o primeiro Instituto dos Surdos-Mudos no Rio de Janeiro a pedido do então Imperador Dom Pedro II, não que ele estivesse interessado unicamente pela bondade e razão, mas porque sua filha Princesa Isabel concebera uma criança surda.

O primeiro surdo alfabetizado e professor que se tem história no Brasil foi Huet, ex-aluno do Instituto de Paris, a partir dele a Língua Francesa de Sinais chegou ao Brasil e começou a dar forma à Língua Brasileira de Sinais, assim a Libras não teve influência direta de uma língua com modalidade Oral-auditiva, mas sim espaço-visual, concluindo que cada língua tem origens baseadas em outras línguas de mesma modalidade.

A Língua de Sinais Brasileira mais conhecida como Libras, assim como nas línguas orais possui gramática bem como parâmetros que são:

Configuração de mãos: são formas das mãos que podem fazer parte da datilologia ou não, na maioria das vezes (pelos destros) utiliza-se a mão direita, quando canhoto, a mão esquerda e dependendo do sinal poderá utilizar as duas mãos;

Ponto de articulação: é o lugar onde a mão configurada é posicionada, podendo ser o espaço neutro, ou alguma parte do corpo;

Expressão facial e/ou corporal: as expressões faciais e corporais são de fundamental importância para o entendimento do sinal correspondente na língua oral a entonação de voz;

Orientação/direção: os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros já mencionados. Os mesmos estão relacionados à palma da mão.

Movimento: o sinal pode ou não apresentar movimento.

Os cinco parâmetros podem ser apresentados também por siglas:

CM: configuração de mãos;

PA: ponto de articulação;

M: movimento;

EF/C: expressão facial e corporal;

O: orientação.

O alfabeto datilológico não constitui sinais, mas faz parte das configurações de mãos, assim é errôneo utilizar empréstimos linguísticos a todo o momento e afirmar que está utilizando Libras.

Percebemos então que a Libras não compartilha dos mesmos parâmetros da Língua Portuguesa, ambas são independentes e tiveram suas raízes linguísticas bem diferentes, o que acontece na maioria das vezes são comparações por parte dos ouvintes para melhor entendimento da Libras, daí a concepção que uma é a versão da outra em sinais ou oralidade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A escola inclusiva



Um terço dos municípios brasileiros não tem sequer uma escola apta a receber pessoas com deficiência em sua rede própria de ensino. A constatação é pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) junto à administração dos 5.565 municípios brasileiros.

Apesar de alto, o percentual de 33,6% representa um avanço em relação a 2009, quando quase metade (47,2%) das redes municipais de educação não tinham escolas preparadas para receber essa parcela da população, seja por conta da estrutura física inadequada ou pela falta de recursos pedagógicos específicos e professores habilitados.

De acordo com o IBGE, a situação é mais grave na região Norte, onde em 2011 50,8% das prefeituras não tinham nem mesmo uma escola com essas características na rede municipal. O cenário era melhor na região Sul, onde apenas 28,5% dos municípios enfrentavam o mesmo problema.

A pesquisa também mostrou que a situação varia de acordo com o tamanho da população. No caso das cidades com mais de 500 mil habitantes, todas dizem ter pelo menos uma escola adaptada. Ao mesmo tempo, apenas 48,6% das cidades com até cinco mil habitantes estão nessa situação.

O acesso de pessoas com deficiência à educação é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988.

domingo, 18 de novembro de 2012

Brincar e aprender



A empresa SignLanguageDoll , localizada nos EUA (Califórnia), lançou bonecos articulados com o objetivo de melhorar as habilidades de comunicação das crianças surdas, com o uso da língua de sinais .

De forma divertida, as crianças são apresentadas à língua de sinais e aos bonecos com aparelhos auditivos e implantes cocleares, facilitando assim a incorporação destes recursos ao universo das crianças surdas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Caminhos da Inclusão



A UFRJ sediará entre os dias 26 e 28 de novembro de 2012 o Simpósio Caminhos da Inclusão.

Estão confirmados quatro convidados internacionais, entre eles, Brian Nolan, do Institute of Technology Blanchardstown, Dublin, Irlanda.

Programação.

Dia 26 de novembro (segunda-feira)

9h – Abertura – Rita de Cássia Gomes, diretora da Divisão de Inclusão, Acessibilidade e assuntos Comunitários (DINAAC/UFRJ), Mario Alberto Cardoso Neto diretor do IBqM- UFRJ, Robson Queiroz Monteiro coordenador de Pós-Graduação do IBqM, Mauro Pavão coordenador de Extensão do IBqM e Vivian M Rumjanek responsável pelo projeto “Inclusão do surdo através do conhecimento científico” no IBqM-UFRJ.

9h15 – 10h – Wilma Favorito – Faculdade Bilíngüe de Pedagogia, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, RJ. A formação de professores bilíngues (LIBRAS-Língua portuguesa) para atuar com alunos surdos: a experiência inovadora do INES.

10h15 – 11h – Brian Nolan – Institute of Technology Blanchardstown, Dublin, Irlanda. The Challenges and Problems of Delivering Deaf Studies Curricula at Third Level in Ireland: Our Achievements and Successes.

11:00 – 11:45h – Rachel O´Neill – University of Edinburgh, Edimburgo, Escócia. Exploring the factors which lead to academic success for deaf pupils.

11h45 – 12h30 – Audrey Cameron – University of Edinburgh e Gary Austin Quinn – Heriot-Watt University, Edimburgo, Escócia. Scientific and linguistic aspects of the development of a science glossary in British Sign Language.

14h30 – 15h – Deize Vieira dos Santos – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ. A formação do professor surdo na área de Letras, na UFRJ.

15h – 15h30 – Helena Carla Castro – Instituto de Biologia , Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ. A surdez e a Universidade: Desafios e Perspectivas na Universidade Federal Fluminense.

15h45 – 16h15 – Sandra Rodrigues Mascarenhas – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB. Ciência para surdos: a compreensão do silêncio.

16h15 – 16h45 – Vivian M Rumjanek – Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ. Encontros e Desencontros – procurando conhecer o aluno surdo. 

Dia 27 de novembro (terça-feira)

8h30 – 9h – Karin Strobel- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Como ter acesso e preparar material didático bilingue Libras/Portugues para os alunos em inclusão?

9h – 9h30 – Paulo André Bulhões, colaborador do IBqM, Belo Horizonte, MG. As realidades na ascensão social para os surdos acadêmicos.

9h30 – 10h30 – Audrey Cameron – University of Edinburgh e Gary Austin Quinn – Heriot-Watt University, Edimburgo, Escócia. Science is fun!

10h45 – 11h15 – - Roberta Gomes – Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Rio de Janeiro, RJ. Papel do Assistente Educacional em Libras

11h15 – 12h – Mesa Redonda: Dificuldades enfrentadas pelo surdo na Universidade.

- Vanessa Pinheiro – Graduada em Arquitetura e Letras – O enfrentamento do Ensino Superior: Presencial e à Distância.

- Isabella Queiroz – Graduada em Biologia – Dificuldades e desafios no curso de biologia.

- Clarissa Guerretta – Graduada em Letras – A Universidade: Possibilidades e Desafios.

14h30 – 15h30 – Mesa Redonda: Inserção do Surdo com nível superior no mercado de trabalho. Experiência pessoal.

- Flávio Milani – representando a área de Design; 
- Heloise Gripp – representando a área de Letras; 
- Fabiola Saudan – representando a área de Biologia; 
- Valdo Ribeiro da Nóbrega – representando a área de Artes Cênicas

15h45 – 16h15 – Marianne Stumpf – - Coordenadora de Letras LIBRAS, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Trajetória de uma acadêmica surda.

16h15 – 16h45 -Mesa redonda: A experiência do LADICS e expectativas.

- Lorena Assis Emidio, Bruno Baptista dos Santos, Evely da Silva Cazé, Alexandre Soares Fernandes, Deleon Baptista Ferreira.

16h45 -17h – Discussão Plenária


Dia 28 de novembro (quarta-feira)

8h30 – 9h – Fernando Portes – Faculdade do Futuro, Manhuaçu, MG. A difusão de Libras em cidades do interior: Oportunizando aos surdos a uma aprendizagem acessível.

9h – 9h30 – Gildete Amorin – Presidente da Febrapils, Presidente da Apilrj, Rio de Janeiro. A Importância dos Cursos de Formação de Tils na área da Saúde

9h30 – 10h – Vanessa Martins – Unicamp, Campinas, SP. Os paradoxos da inclusão de surdos com intérprete de língua de sinais: a posição-mestre como recriação ativa no ensino.

10h15 – 11h – Mesa redonda: Um novo papel para o intérprete? – Alexandre Gonçalves – Tiago Batista – Felipe Giraud

11h – 11h30 – Depoimentos: O papel do intérprete na Faculdade de Letras da UFRJ - Dafny Saldanha Hespanhol – Luiz Cláudio da Silva Souza

11h30- 12h15 – Discussão Plenária

14h30 – 15h45 – Mesa Redonda: A importância de Glossários específicos - Julia Barral, Flavio Eduardo Pinto da Silva, Joana Saldanha.

16h – 16h15 – Daniel Enes -Apresentação do site Legendas Libras

16h15- 16h45- Discussão Plenária – Adaptando-se ao processo da inclusão do surdo

16h45 – Mauro Pavão e Vivian M Rumjanek – Encerramento do Simpósio.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Comunicação entre surdos e ouvintes



A melhor forma de mantermos a comunicação com surdos é por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais). Porém, como nem sempre isso é possível, existem outras formas eficientes de se comunicar com os deficientes auditivos. É muito importante estabelecer esta comunicação e algumas recomendações são necessárias para melhorar o diálogo com os surdos. Confira: 

Fale de frente

A expressão "o corpo fala" faz ainda mais sentido com os surdos. A percepção visual dos surdos é mais aguçada e eles conseguem captar a mensagem, seja pela leitura labial ou mesmo pela expressão facial.

Faça frases curtas

A Língua dos Surdos é bem menos complexa que a Língua Portuguesa. Portanto, quanto mais objetiva a mensagem, mas fácil fica o entendimento dos surdos.

Seja expressivo

Uma pessoa com deficiência auditiva consegue compreender as emoções transmitidas nas mensagens, por meio de nossas expressões faciais e corporais. É essencial fazer gestos, mímicas, acenar e até tocar na pessoa para chamar sua atenção. Fale devagar e gesticule bem a boca na hora de falar.

Não altere o tom de voz
Um dos maiores erros é gritar com surdos. Além de o esforço ser em vão, já que ele não vai ouvir, o surdo pode entender que a pessoa está brava e quem grita transmite à pessoa surda uma sensação de agressividade, o que gera ansiedade e nervosismo.

Tente a comunicação escrita

Quando a mensagem fica muito complicada para ser transmitida, usar da comunicação escrita pode ser uma boa solução. Os especialistas recomendam fazer desenhos ou até escrever para facilitar a comunicação. O estímulo visual é de fácil entendimento e os surdos entendem placas, símbolos e desenhos.

Demonstre interesse e tenha paciência

Os surdos se sentem valorizados quando outras pessoas se aproximam na tentativa de estabelecer comunicação. Por isso, tenha calma e insista na comunicação.

Se for você quem não entende...

Se você não entende o que a pessoa surda está tentando dizer, o melhor caminho é não fingir. Demonstre que não entendeu e peça para que o surdo explique novamente.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Palestra



No dia 21 de novembro, às 15h, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos promoverá uma palestra gratuita sobre perda auditiva. Com o objetivo de orientar a população sobre os problemas auditivos, o evento é aberto ao público e também poderá ser acompanhado pelo Facebook ou pelo chat do hospital.

A otorrinolaringologista Iulo Barúna esclarecerá dúvidas sobre o aumento dos casos de surdez, além de falar sobre as causas mais comuns, sintomas e formas de tratamento.

Interessados devem se inscrever pelo telefone (11) 5080-4127 ou 5080-4351.

O Complexo Hospitalar fica na rua Borges Lagoa, 1.450, Vila Clementino, próximo ao Parque do Ibirapuera.

domingo, 11 de novembro de 2012

Deficiência auditiva


Em 10 anos, a quantidade de pessoas que apresentam algum problema auditivo aumentou em 50,44% na Paraíba. O total saltou de 152.977 em 2000 para 230.140 em 2010, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números confirmam uma preocupação antiga dos especialistas. Eles advertem que a poluição sonora está causando sérios danos auditivos à população.

De acordo com o IBGE, dos 230.140 habitantes da Paraíba que possuem algum problema para ouvir, 181.762 enfrentam uma pequena dificuldade para escutar; outros 41.908 têm muita dificuldade para entender os sons e outros 6.470 são completamente surdos. As mulheres são as mais atingidas. Elas somam 115.961 do total de moradores que sofrem alguma dificuldade para escutar. Já os homens representam 114.179 indivíduos.

Apesar das faixas etárias mais atingidas serem as que ultrapassaram os 30 anos, a incidência é grande entre crianças e adolescentes. Dos 6.470 habitantes que são totalmente surdos, há 1.044 com idades abaixo de 14 anos. Entre aqueles que enfrentam grande dificuldade para ouvir, há 1.954 nessa faixa etária. Já entre os que têm alguma dificuldade para ouvir, os menores de 14 anos correspondem a 11.952 pessoas.

Para o presidente da Sociedade Paraibana de Otorrinalaringologia, Erich Cristiano Madruga de Melo, a incidência de problemas auditivos entre crianças e adolescentes é alta porque essa faixa etária da população está mais exposta ao excesso de ruídos. Ele conta que a situação está se agravando com a chegada de aparelhos eletroeletrônicos, que emitem sons.

“É muito comum entre os jovens o uso de aparelhos de música, que é ouvida com ajuda de fones de ouvido e em volume alto.

Muitos desses equipamentos não indicam a intensidade do som e o usuário acaba se expondo por muito tempo a um excesso de ruído prejudicial à saúde”, disse o especialista.

O médico acrescenta que o excesso de barulho provoca a morte de células consideradas vitais para a audição. Ele explica que não há meio de reverter esse quadro. “Quando a célula morre, o dano já foi causado e não há como recuperar mais isso. O que se pode fazer é reduzir a exposição ao ruído. Só assim é possível interromper o processo prejudicial e impedir que novas células morram”, detalha.

Os danos aparecem com o passar do tempo e se agravam ainda mais quando a pessoa chega à velhice. Não existe medicação e há apenas uma cirurgia que pode reverter o quadro de surdez, mesmo assim, o procedimento só é indicado em casos extremos. “Em casos de problemas de surdez de pequena ou média gravidade, a pessoa precisa usar aparelhos auditivos pelo resto da vida. Assim como ocorre com os óculos”, acrescentou o médico.

Os zumbidos no ouvido são os primeiros sinais de que algo está errado com a audição. Segundo a fonoaudióloga e professora da Universidade Federal da Paraíba Marine da Rosa, a perda da audição é progressiva e os zumbidos já indicam que o ouvido foi danificado. “Antes, a nossa preocupação era apenas com os trabalhadores de ambientes ruidosos, agora, nossa atenção é com as pessoas que se expõem a sons muito altos, durante as atividades de lazer, como aqueles frequentadores de casas de shows”, observa.

“A nossa recomendação é que as pessoas se conscientizem e adotem cuidados para evitar os danos do excesso do ruído. Não ficar muito tempo em ambientes barulhentos e usar protetores auriculares que filtram suavemente o barulho são algumas medidas que podem prevenir esses problemas”, acrescenta.

sábado, 10 de novembro de 2012

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez


No dia 10 de novembro comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. E, mais uma vez, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva pretende levar informação e educação sobre saúde auditiva para a população. 

A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otologia, de cada mil crianças nascidas no país, três a cinco já nascem com deficiência auditiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas auditivos.

Para conhecer a programação acesse http://www.saudeauditiva.org.br

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ciclo de palestras


A partir de sábado, 10/11/2012, o Campus Palhoça do Instituto Federal de Santa Catarina inicia um ciclo de palestras abertas à comunidade. Os objetivos das apresentações são aproximar o campus dos profissionais da área e da comunidade e socializar as experiências na área de educação bilíngue Libras / Português. As palestras serão realizadas no auditório do campus e a entrada é gratuita.

Para maiores informações, ligue para (48) 3341.6615

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Profissão: tradutor e intérprete de Libras




Em princípio de setembro de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 12.319, que regulamenta a profissão de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

Por ela, o tradutor e intérprete de Libras tem de fazer a comunicação da língua oral para libras e vice-versa entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes. 

Também poderá interpretar a língua portuguesa em atividades didático-pedagógicas e culturais em instituições de ensino, para viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares. Poderá atuar também no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim das instituições de ensino e repartições públicas, além de prestar serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais.

Uma das grandes dificuldades encontradas por estes profissionais diz respeito à falta de sinais na Libras que possam expressar conceitos necessários para a construção do conhecimento.

Para conhecer e debater este tema nós recomendamos o livro Entre a visibilidade da tradução da Língua de Sinais e a invisibilidade da tarefa do intérprete – de Andréa da Silva Rosa, disponível para download AQUI

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Angola



Em Angola a comunidade surda utiliza a linguagem gestual como um instrumento de comunicação.

Para buscar o seu reconhecimento como língua, o Instituto Nacional para Educação Especial criou o projeto de uniformização da língua gestual.

Já existe o primeiro dicionário da língua gestual angolana e o segundo está em fase de elaboração.

A língua gestual de Angola tem influência de línguas gestuais do Congo, Rússia, Portugal e Brasil.

Angola tem 17 escolas de ensino especial e 630 escolas do ensino geral com salas inclusivas e ainda há um projeto de redimensionamento das escolas de ensino especial para centros de recursos de apoio à inclusão escolar às restantes escolas do ensino geral.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O ensino da língua inglesa para surdos


Aprender uma língua é simplesmente fascinante, não somente pelo fato de falar palavras e frases em outro idioma, mas também pelo contato com culturas que permeiam as línguas estudadas. Sempre ouvimos falar da importância de se aprender uma nova língua e dos benefícios pessoais e profissionais que ela pode trazer. 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira dizem ser “indispensável que o ensino da Língua Estrangeira seja entendido e concretizado como o ensino que oferece instrumentos indispensáveis de trabalho” e que permite “um acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia”. Tudo isso pode parecer interessante para nossos alunos que jogam videogames, assistem a filmes, acessam a Internet, planejam uma viagem, enfim, realizam atividades como qualquer outro indivíduo. Com o início da inclusão, passamos a receber, em salas de aula convencionais, alguns alunos que não têm nessas atividades um hobby ou que não compreendem essas diferenças culturais e linguísticas. Entre os alunos inclusivos, vamos destacar um: o surdo.

Surdo é aquele que sofreu uma perda dos sentidos da audição, desde leve até profunda. Como há dificuldade de ouvir os sons, essa deficiência também afeta a fala, dependendo do grau da surdez. A maioria dos que pertencem a essa comunidade comunica-se utilizando a Libras (Língua Brasileira de Sinais), que tem sua própria gramática, sintaxe, morfologia e fonética. Alguns simplesmente se comunicam com sinais domésticos, que a própria família e amigos criam para formalizar uma conversa.

Será que é possível levar um aluno surdo a se interessar pela aprendizagem da língua inglesa? O que fazer para atrair os alunos surdos? Esses são questionamentos frequentes dos professores, que podem levar à insegurança e ao medo. 

O professor precisa mudar seu método de ensino. O aluno surdo se expressa e aprende as coisas de forma diferente quando comparado aos alunos ouvintes. Nós nos acostumamos a incentivar nossos alunos a buscar a pronúncia perfeita, repetindo as palavras que ensinamos, focando em conversações. Tudo isso não faz sentido para surdos, porque eles não conhecem os sons das letras, dos fonemas e sílabas. Antes, o educador deve pensar que, em compensação à falta da audição, os alunos surdos são muito visuais. Por isso, a utilização de figuras facilita muito sua aprendizagem. O aluno vai associar a imagem da palavra escrita à imagem do objeto/palavra em questão. Esse método ajudará até mesmo o professor que não tem conhecimento sobre a língua de sinais.

Outro fator importante é a contextualização das palavras. O aluno surdo não precisa aprender somente palavras soltas. Muitos professores o fazem achando que não poderão extrair um sentido daquilo que leem. É exatamente o contrário. Alunos deficientes auditivos interessam-se muito em aprender outra língua. O professor deve aproveitar essa característica e preparar sua aula pensando, também, nesses alunos, para que eles não desanimem ou se decepcionem. Softwares educacionais são uma boa pedida. Esses alunos se sentem muito bem ao manipular um ambiente visual, no qual eles possam interagir.

No caso de alunos maiores, o professor deve tomar cuidado ao questionar sua forma de escrita. Em Libras, a ordem das palavras na frase é diferente no português e também na língua inglesa, podendo haver dificuldades em compreender a ordem dos adjetivos em relação aos substantivos. Muitos educadores acabam confundindo a deficiência auditiva com a mental. As duas não têm proximidade alguma. Por conta desse equívoco, acabam deixando de lado a prática da leitura, tanto na primeira língua quanto numa segunda. Há muitos surdos que dominam essa capacidade de leitura e escrita tão bem quanto ouvintes, bem como aqueles que já conseguiram sua graduação ou pós-graduação.

Poderíamos parar e refletir: Quem será o incluído? O aluno ou o professor? Na verdade, os dois. O aluno, por poder fazer parte de um ambiente com pessoas diferentes e podendo se sentir pertencente a ele, o que é um fato. O professor, por sua vez, por saber unir-se a dois universos ao mesmo tempo, o do ouvinte e do surdo. 

Educadores precisam estar preparados para estar nesses universos simultaneamente, com atividades que atendam às necessidades de todos os seus alunos. A Língua de Sinais não é o único caminho para esse universo diferente, mas os caminhos são novos a cada dia, seja com imagens, artigos tecnológicos, brincadeiras, leituras, criando várias rotas diferentes para um mesmo objetivo: a satisfação do aluno.


David Marcelo Pereira Berto
Coordenador do Programa Línguas Estrangeiras da empresa Planeta Educação